Eletrificação ou biocombustível? A Great Wall Motor Brasil acredita que ambas as tecnologias podem ser aplicadas na mobilidade para a meta de redução de emissões. E propondo um discurso além dos carros elétricos e híbridos plug-in, a montadora recém-estabelecida no país engrossa o discurso pelo híbrido flex.
Com uma estratégia pensada de forma detalhada para o nosso mercado, a GWM anuncia que pretende brigar com marcas como Toyota, Volkswagen e Jeep, trazendo modelos eletrificados para brigar com RAV4, Taos e Compass.
E diferentemente da BYD, onde os carros elétricos serão maioria no portfólio, a empresa terá um cronograma mais progressivo em termos de eletrificação, começando com veículos híbridos e híbridos plug-in e deixando os totalmente elétricos para um segundo momento.
Nesse processo, a GWM trabalha com mais possibilidades para a 'eletrificação intermediária', incluindo os motores híbridos flex, além dos híbridos tradicionais e híbridos plug-in que já estão no cronograma - o primeiro lançamento da marca no país é o Haval H6 em variantes HEV e PHEV.
Na última semana, a montadora se reuniu com a UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), entidade que defende o biocombustível, sobretudo o etanol, cujo uso já evitou a emissão de mais de 600 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera do país.
Segundo Ricardo Bastos, Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da GWM Brasil, a reunião foi muito proveitosa, pautada nos desafios da indústria automobilística diante das novas tecnologias da mobilidade e das matrizes energéticas limpas.
“O objetivo é único. Acelerar a descarbonização por meio de veículos que emitam menos CO2, como os híbridos e híbridos plug-in flex. Estes últimos começarão a ser fabricados na nossa planta de Iracemápolis, interior de São Paulo, a partir do primeiro semestre de 2024”, afirma Bastos.
Na reunião, onde também estiveram Evandro Gussi, presidente da Unica, e James Yang, CEO Américas da GWM, foram discutidos temas para além do mercado interno, vislumbrando possibilidades de aumento das exportações:
“O Brasil domina a produção de etanol de cana-de-açúcar e, consequentemente, outras fontes de energia, como biomassa, biogás e hidrogênio verde. Somando isso às tecnologias flex desenvolvidas no país, temos um potencial enorme para aumentar as exportações”, complementa Bastos.
Unica e GWM também pretendem atuar na formulação de políticas públicas de descarbonização e energias renováveis no Brasil.
Maior empresa automotiva chinesa de capital 100% privado, a GWM investirá, até 2032, R$ 10 bilhões na sua operação no Brasil, que terá apenas SUVs e picapes eletrificados e conectados. A fábrica da GWM em Iracemápolis (SP) terá sistema de produção inteligente e capacidade de produção instalada de 100 mil veículos por ano quando estiver a pleno vapor.
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